Busca de Exercícios - UEA - Ciências Humanas Aprenda a usar!

A República romana era dominada pelo Senado, contro- lado, nos seus dois primeiros séculos de existência, por um pequeno grupo de clãs patrícios; [...]. Os magistrados anuais, dos quais os cônsules eram os dois postos mais elevados, [...] eram as instâncias executivas supremas do Estado e foram juridicamente monopólio de uma restrita ordem de patrícios até 366 a.C. (Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo, 1982.) A estrutura política, descrita no excerto, sofreu alterações após (A) as reformas dos legisladores, que estabeleceram o mes- mo peso para o voto dos cidadãos, fossem eles ricos ou pobres. (B) o estabelecimento do triunvirato, que criou o consulado com três governantes, cada um representando um grupo social. (C) a instalação da ditadura, que concentrou poderes nas mãos dos grandes generais romanos. (D) as sucessivas lutas das camadas plebeias, que resulta- ram na ampliação de direitos civis desse grupo social. (E) a instituição da tirania, que distribuiu cargos públicos aos pequenos proprietários rurais.

No Brasil entre 1979 e 1988, ocorreu uma particularida- de: o restabelecimento do Estado de direito não coincidiu com a instauração de uma Constituição democrática. O país deixou de ser regido por uma ditadura — predomínio de um estado de exceção, quando prevalece a vontade, arbitrária, dos governantes, que podem fazer e desfazer leis — sem adotar de imediato, através de uma Assembleia eleita, uma Constituição democrática. Em outras palavras: no período de transição já não havia ditadura, mas ainda não existia uma democracia. (Daniel Aarão Reis Filho. Ditadura e democracia no Brasil, 2014. Adaptado.) No período referido no excerto, o restabelecimento do Estado de direito pode ser atestado (A) pela instauração do bipartidarismo. (B) pelo fim do habeas corpus. (C) pela adoção de eleições presidenciais diretas. (D) pela consolidação das leis do trabalho. (E) pela ausência de leis de exceção.

Em 1960, último ano do governo Juscelino Kubitschek, as grandes empresas multinacionais do setor automobilístico produziram em torno de 78% do total de 133 mil veículos, suficientes para abastecer a demanda brasileira. As empre- sas estrangeiras continuaram se expandindo, enquanto a Fábrica Nacional de Motores (FNM) perdeu cada vez mais importância. (Boris Fausto. História do Brasil, 2007. Adaptado.) Entre as consequências do exposto no excerto, pode-se citar (A) a criação da chamada “civilização do automóvel” em detrimento da ampliação de meios de transporte coleti- vo para a grande massa. (B) a inédita concentração de operários em polos industriais nas cinco regiões brasileiras, mudando completamente a fisionomia do país. (C) a importação de autopeças em prejuízo da produção local, ocasionando o aumento no custo de produção dos automóveis. (D) o crescimento acelerado da indústria automobilística no país, sobretudo em função de investimentos estatais. (E) a complementariedade da produção de automóveis entre indústrias nacionais e multinacionais para atender a demanda do mercado consumidor interno.

Analise a cronologia sobre a Segunda Guerra Mundial. * 3 de setembro de 1939: a França e a Grã-Bretanha decla- ram guerra à Alemanha. * 10 de maio de 1940: o exército alemão ataca Bélgica, Holanda e Luxemburgo. * 14 de maio de 1940: as linhas francesas são rompidas em Sedan. Para o exército francês começa a derrota; para a população, o êxodo. * 17 de junho de 1940: o marechal francês Phillippe Pétain pede o armistício. (Marc Ferro. História da Segunda Guerra Mundial, 1995. Adaptado.) No contexto da Segunda Guerra Mundial, o armistício assinado pela França (A) desarticulou a resistência civil francesa após a rendição do seu líder Charles de Gaulle. (B) provocou o ingresso da União Soviética no conflito em apoio aos Aliados para frear a expansão alemã na Europa. (C) restringiu a ofensiva do exército e da marinha inglesa contra os nazistas à região da Normandia. (D) resultou na divisão do país entre o Norte, ocupado pela Alemanha, e o Sul, onde foi constituído o governo de Vichy. (E) garantiu à Alemanha o acesso ao minério de ferro e ao aço da Suécia, Dinamarca e Noruega.

Nas obras publicadas no início do século XX, como Impressões da América espanhola e América Latina e América inglesa, Oliveira Lima referiu-se à situação caótica da América hispânica, marcada por “repúblicas doentes” e “guerras civis”, “desordem”, “selvageria”. Tal situação era vista pelo autor como resultado do caudilhismo. (Maria Helena Capelato. “O ‘gigante brasileiro’ na América Latina: ser ou não ser latino-americano”. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000): a grande transação, 2013. Adaptado.) O diagnóstico de Oliveira Lima sobre a América hispânica fundamentava-se (A) na condenação dos excessos democráticos fomentados por governantes carismáticos e populistas. (B) na oposição às guerrilhas rurais, que se desenvolviam na região em defesa de uma revolução socialista. (C) na desaprovação ao processo de independência condu- zido pelos descendentes de espanhóis, vistos como infe- riores pelos europeus. (D) na crítica ao controle político das repúblicas latino- -americanas por líderes, que exerciam o poder de for- ma personalista e autoritária. (E) na defesa de uma monarquia constitucional para sanar as deficiências dos regimes republicanos.