Busca de Exercícios - UEPA - Urbanização Brasileira Aprenda a usar!

Nas últimas décadas, a Amazônia tem desempenhado o triplo papel de fronteira demográfica, econômica e geopolítica, atraindo investimentos, interesses e um grande número de pessoas de outras áreas do Brasil. Esses aspectos têm provocado um continuo processo de reorganização do espaço regional e local. Considerando a dinâmica da circulação espacial, este processo pode ser dividido em dois períodos: a fase anterior e a posterior às rodovias. Neste contexto, é verdadeiro afirmar que, quanto à rede urbana, na segunda fase, ocorreu: O a diminuição da importância de cidades localizadas às margens das vias fluviais e distantes das rodovias, com a implantação destas, houve uma certa retração de centros urbanos tradicionais, dependentes unicamente da circulação fluvial e situados em espaços pouco influenciados pela dinâmica econômica recente do estado a exemplo de Santarém, que dependia e ainda depende exclusivamente da circulação através dos rios da bacia do Tapajós. O o surgimento e crescimento de cidades ao longo das rodovias, novos espaços de circulação de grande importância intra- regional e, por outro lado, núcleos urbanos já existentes se consolidaram pelo papel que passaram a exercer com suas atividades econômicas e também por se tornarem espaços de apoio à mão-de-obra móvel e polivalente, necessária à nova realidade do estado, a exemplo de Marabá, uma das médias cidades importantes do Pará. O uma reconfiguração, antes estruturada principalmente em função das vias fluviais, no chamado padrão várzea-rio, passou a ter uma nova configuração, surgindo cidades intermediárias e de porte médio, que se consolidaram a partir dos fluxos rodoviários, que substituíram totalmente, mesmo nos lugares mais interioranos, a circulação antes restrita aos rios e igarapés. O intensa retração demográfica e econômica em cidades mais antigas com predomínio da prática de atividades — tradicionais, basicamente o extrativismo vegetal, a exemplo da maioria dos núcleos urbanos do arquipélago do Marajó, que tinham como sustentáculo econômico a exploração da seringueira (hévea brasiliensis), atividade próspera até a fase de implantação dos eixos rodoviários de integração nacional. O uma multiplicação de pequenos núcleos urbanos que, além de estarem localizados às margens de importantes rodovias, tinham/têm sustentação econômica baseada na atividade garimpeira, tendo estes núcleos surgido a partir de acampamentos de garimpeiros, como é o caso de Curionopólis, Eldorado do Carajás e Ourilândia do Norte, que possuem destaque nacional na produção aurifera.

O processo de (re)organizac&o territorial brasileiro decorrente da industrialização vem ocorrendo, principalmente, desde o final da Segunda Guerra Mundial. Tal fato tem motivado diversas transformações no espaço geográfico brasileiro. Sobre essas transformações é correto afirmar que: O O “Brasil arquipélago”, que surgiu a partir da Segunda Guerra Mundial, acelerou o processo de integração e emancipação do território nacional com a intensificação da rede nacional de rodovias. O vem ocorrendo uma redução no número de cidades médias, no território brasileiro, devido ao processo de (reJorganização territorial ter reduzido a urbanização, em face de a indústria ter migrado para o campo. O a localização das microempresas, cada vez mais próximas dos fornecedores de matéria-prima, tem contribuído significativamente para o deslocamento das montadoras automobilísticas para o interior do país. O a redução do processo de desconcentração industrial no país encontra-se centrada principalmente em duas razões: a melhoria da qualificação de mão-de-obra fora das grandes capitais brasileiras, em geral, de menor custo, e o estímulo aos incentivos fiscais oferecidos pelo Estado. O apesar de a indústria brasileira contribuir para o fortalecimento da economia e ao mesmo tempo intensificar a competitividade do Brasil no cenário internacional, ainda assim, o país sofre com a carência de infra- estrutura de origens diversas e má distribuição de renda.

A revolução tecnológica, iniciada na segunda metade do século XX, imprimiu uma nova dinâmica na organização do espaço rural e urbano, ao mesmo tempo em que redefiniu o papel dos diversos atores sociais. Sobre os problemas agrários e urbanos presentes nas regiões geoeconômicas brasileiras, é correto afirmar qu O a partir da segunda metade do século XxX, ocorre a expansão da infraestrutura de transportes e telecomunicações pelo país, mas a tendência a concentração das atividades urbano-industriais na região Centro-Sul atraiu um enorme contingente populacional, principalmente para as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo que, por não atenderem as demandas de investimentos em infraestrutura, tornaram- se caóticas neste aspecto. O a terra, no complexo econômico regional amazônico, passou nos últimos anos a ser o centro das atenções, levando ao aumento dos conflitos entre posseiros e grileiros, ao mesmo tempo em que a presença de novos produtores na região gerou novos conflitos e melhoria da produção agrícola para o mercado interno, com reflexos positivos à população local. O uma das características econômicas de fins do século XX é a distribuição homogênea da atividade industrial nas três regiões geoeconômicas do Brasil, fruto do processo de desconcentração industrial ocorrido no contexto do neoliberalismo. Tal processo resultou no desenvolvimento socioeconômico equilibrado entre estas regiões. O a forte penetração de interesses urbano- industriais no campo, através da introdução de produtos como adubos, agrotóxicos, colheitadeiras, pivôs para irrigação e outros, tem provocado no complexo econômico regional da Amazônia a expulsão dos camponeses da terra e a sua fácil inserção em atividades industriais-urbanas. O o meio rural brasileiro convive com problemas e questões variadas. Algumas delas remontam ao passado distante e outras são mais recentes, relacionadas ao processo de modernização das atividades agrárias. No Nordeste, este processo fomentou a diminuição dos movimentos sociais, que vêem alterando significativamente a estrutura fundiária da região.

Com a integração da Amazônia ao circuito produtivo nacional e internacional promovida pelo governo federal, no século passado, a partir do II e III PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), através do impulso ao setor mineral, o Estado do Pará passou a conviver com novas formas de produção e circulação; esse fato gerou consequências socioespaciais. Sobre essas consequências é correto afirmar que: O nesse período, a indústria mineral paraense visou atender o mercado externo, criando então uma dinâmica endógena à região, que promoveu maiores vínculos com a economia local, aumentando a capacidade para a criação de empregos aos paraenses. O o desenvolvimento do setor míinero- metalúrgico pensado para esse estado teve como consequências a atração de empresas e de atividades agregadas, as quais geraram mais empregos acompanhados de altos salários que promoveram grandes melhorias nas condições de vida da população paraense. O a entrada dos investimentos mineradores de porte e das tecnologias de padrão internacional impôs à economia local tradicional alterações em suas relações sociais e em suas mobilidades espaciais, promovendo significativos impactos socioambientais. O a posição de destaque, que o Pará possui, no fornecimento de matérias-primas minerais contribuiu para que os municípios paraenses envolvidos no PGC (Programa Grande Carajás) passassem a ter a renda per capita acima dos municípios do Centro- Sul brasileiro. O com o recorde na arrecadação da receita, os municípios do PGC passam a ter um papel de destaque nacional no fornecimento de matérias-primas minerais, transformando seus recursos em políticas sociais e ambientais que beneficiam grande parte da população e reduzem os impactos ambientais.

A atividade do narcotráfico ocupa espaço significativo na economia mundial, envolve desde os grandes cartéis colombianos de Cali e Médellin, até os microtraficantes. Sobre o papel do narcotráfico, no espaço mundial, é correto afirmar que o (a): O narcotráfico afeta, não só a qualidade de vida das pessoas de alto poder aquisitivo, aumentando a insegurança e a violência, como é um fator desestabilizador da estrutura econômica e social dos países latino-americanos. O a rota do comércio de drogas da América do sul, produzida na Colômbia, Chile e Venezuela passa pelo Caribe e destina-se predominantemente aos Estados Unidos e, em menores proporções, à Europa. O a atividade do narcotráfico criou uma perigosa economia paralela responsável por postos de trabalho com empregos diretos e indiretos e, em escala local, relaciona-se à escalada da violência nos grandes centros urbanos. O o consumo de drogas ilícitas, nos grandes centros urbanos, tem — diminuído consideravelmente, resultado das políticas públicas que têm atuado na defesa das classes sociais mais vulneráveis, em detrimento do uso das drogas lícitas que crescem em ritmo acelerado. O dentre as drogas ilícitas, destaca-se, nos último dez anos, o aumento do consumo do crack, que assolou países africanos e acelerou óbitos de pessoas portadoras do vírus HIV. No Brasil, políticas de prevenção têm coibido o seu uso.